domingo, 23 de fevereiro de 2020

megazorde

A vida é cíclica. Em algum momento atrás escrevi algo sobre isso, com certeza. Eis que vivo, sobrevivo, tropeço, caio, retorno a esse reduto de inexperiência de vida, e recomeço o ciclo. Já fazem quase seis anos do início desse lugar, e me parece que quanto mais o tempo passa, mais eu percebo o quão juvenil eu era/sou.

Tive um 2019 bastante instável. O que começou com um período de mania, terminou com o conforto espiritual que a experiência psicodélica pode proporcionar. Até o momento, 2020 me parece um ano divisor de águas, onde me sinto no limite entre o sucesso e fracasso, e por incrível que pareça, não consigo decidir qual lado escolher, isto é, sinto de forma muito mais clara na minha carne que o sucesso e o fracasso dependem intrinsecamente do meu comprometimento com o que escolher fazer. É nada mais que uma crise de 1/4 de vida.

De forma brutamente honesta comigo mesmo, sou capaz de afirmar que minha veia artística não é tão forte o quanto pensava ser. Na verdade, é realmente difícil admitir que não tive progresso nas minhas escolhas criativas ~ seja cantando ou escrevendo ~ por pura falta de comprometimento. Eis que completo 27 anos no final do ano, e preciso descrever o tamanho do adversário o qual tenho que lidar no momento. Sou meu próprio monstro, criando o cenário e o megazorde que irão levar ao chão tudo o que inicialmente concebi. Como escritor da minha trama pessoal, sou perfeitamente capaz de criar o cenário e as condições ideias para o progresso, mas acredito que me faltam bolas pra encontrar o heroi, e permaneço observando a deterioração dos meus ideais.

TL;DR: sou incrivelmente sabotador do meu próprio destino

A





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