Em seguida tentei sair de meu corpo através da expiração através da boca, e confesso que o relaxamento foi maior, me senti mais concentrado em meu objetivo. Percebi um fluido azulado correndo em minhas veias, e notei que representavam minha essência. Comecei a sentir certo desconforto em minhas pernas, pois a posição de ioga é um tanto desconfortável para iniciantes como eu. Procurei reunir o fluido azulado em meu coração lentamente, e tive sucesso aos poucos. Houve um pouco de dificuldade para retirar o fluido dos meus braços, mas com alguns minutos também consegui, no entanto, ainda restava um pouco do fluido nos braços e nas pernas, mas que já foi suficiente para aliviar o desconforto que havia nestas partes. Assim, eu reuni o fluido e tentei expeli-lo pela boca, mas consegui uma quantidade insignificante e com muita dificuldade. Mas o fluido continuava concentrado no meu peito.
Como notei que meus braços estavam bastante relaxados, tentei outra técnica, que consistia em simplesmente levantá-los do lugar onde estavam para dar impulso ao resto do corpo. Com algum tempo consegui levantar apenas o braço direito, e foi só. Tentei puxar o braço esquerdo, minha cabeça, mas não consegui. A música acabou e tive que interromper o exercício para colocar uma nova. Tentei usar o braço que havia escapado para isso, mas não tive sucesso, e depois tentei fazer isso utilizando minha intuição, através dos olhos fechados. Consegui desbloquear o celular (talvez pelo costume), mas não consegui mudar a música. Tive que abrir os olhos, mas a concentração no exercício era tão grande que isso durou poucos segundos e logo retornei ao meu estado anterior.
A nova música era mais agitada, tinha instrumentos de cordas e percussões, e levei algum tempo para me adaptar. Tentei a projeção astral do meu corpo à minha frente, mas ainda não consegui, no entanto, consegui a percepção de que havia alguém em pé na minha frente, com as minhas características. Era um certo ‘eu’ que estava aguardando ser preenchido por mim para conseguir alcançar o objetivo. Imediatamente estendi minha mão direita (a que havia saído do corpo) para que me puxasse para fora, e consegui segurar na mão dele, mas não foi suficiente. Ele não tentou me puxar, e percebi que o esforço para conseguir isso cabia a mim. Então, a música mudou novamente.
Estava ouvindo uma música mais agitada ainda, não me lembro exatamente, mas parecia um tipo de Metal Relaxante, que embaraçou as coisas na minha mente. Havia pedido a permissão de Deus para retirar-me do meu corpo por uns instantes, e agora a pessoa diante de mim estava de quatro, me encarando. Lembrei-me de uma leitura que propunha que isso poderia acontecer, e logo encarei esta pessoa e perguntei-lhe quem era e o que queria, mas ela não respondeu. Apenas foi se aproximando de mim, e isso me causou certo medo. Tive que ser corajoso o suficiente para empurrá-lo para o lado com minha mão ‘astral’. Com isso, ele se dissipou como uma nuvem, e fiquei mais tranquilo. Acho que por um ou dois segundos consegui abandonar meu corpo, mas não tenho certeza. O medo que havia sentido me fez recuar um pouco e retornei ao estado inicial, de meditação. Logo, voltei a sentir desconforto nas pernas.
Relaxei mais um pouco e tentei desta vez movimentar as pernas, mas não consegui. Reuni novamente o fluido no meu peito, mas não quis tentar a experiência novamente. Fiquei com um pouco de medo, e precisava conhecer mais sobre essa técnica antes de sair tentando por aí. Voltei ao estado inicial e assim que a música acabou, abri os olhos e desliguei o som. Levantei-me um tanto absorto, como se estivesse em uma espécie de transe e retornando ao meu corpo físico lentamente. Desci as escadas com um olhar fixo, relaxado e com a mente ainda silenciada. Retornando a casa, tomei banho e aos poucos fui tomando consciência de quem eu era e de que tive uma experiência interessante. Agora, eu escrevi este texto e vou retornar às minhas atividades do resto do dia.
Decidi registrar essa experiência e as próximas através deste blog, não para que seja visto por massas de pessoas, mas somente para registrar um momento da minha vida que me faz necessário descobrir realmente quem sou e qual o meu papel neste Universo. Se você leu até o fim, obrigado! E espero que você também consiga o encontrar e tenha coragem suficiente para buscar realizar seus sonhos, independentemente de qual seja e a maneira como busque.
Grande Abraço.
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