quinta-feira, 13 de maio de 2021

Getting some s*** straight

 

Getting some s*** straight

Oh shit, here we go again.

Pois é, mas dessa vez vou escrever em português mesmo.

Foram 431 dias desde o último post. Totalmente irrelevante pra qualquer outra pessoa, exceto pra quem convencia a si mesmo de sua promissora capacidade de escrever, enxergando no espelho um escritor de verdade. Meu padrinho literário (Bukowski) publicou mais de 60 livros durante sua vida, sem mencionar a quantidade de material que não foi lançado, e eu simplesmente era convicto de que também lançaria boas obras e que o resultado seria questão de tempo. Eis que o tempo passou, 61 semanas e 4 dias de PURA VADIAGEM nesse quesito. 431 dias.

Exposta agora a minha autodecepção, vamo lá. (busca uma água)

Até esse momento, me percebo como um ser volátil, e nisso tive diversas experiências e fases, assumi uma caralhada de formas e hoje me aceito como alguém sem formato algum definido, no entanto, livre pra expandir, contrair e se contorcer da forma que preferir. E hoje prefiro integrar todas as facetas que assumi nos últimos anos, até porque a vida tá cobrando alguém inteiro de verdade nesse corpinho barrigudo.

Hora de fazer alguma coisa com essa merdaaaa

A minha vida líquida é tipo isso:

Lixeirada (tumblr): Aqui eu era meio poeta, meio escritor. Saporra nasceu em Dublin, quando eu queria ser tipo um Bob Dylan contemporâneo. Mal durou um ano e a última coisa foi um repost aleatório em 2017. Mas acho o formato do site legal e devo coisar mais dos meus poemas e bagulhos literários por lá.

SoundcloudPlataforma de áudio, subo sempre que posso as coisas musicais que produzo. Minha intenção é de ter álbuns que ‘fotografem’ com clareza os highlights dessa vida jenial.

Blogspot (!!!): Escrevo ali desde 2014, e é bem minha cara. Passo um período escrevendo, depois largo por meses, anos, e do nada volto a escrever. É mais intimista e tipo um diário pessoal. Daquelas coisas que basicamente é uma comunicação com o si mesmo do futuro. É tosco.

Pois é. Nessa altura acho que deu pra perceber que o público desse post é principalmente esse que o escreve.

Nas últimas semanas, junto com a pandemia eu encarei um bom período de procrastinação e inatividade, inclusive hoje mesmo (sexta, 5 de junho) deveria ter entregue não apenas um, mas três avaliações da faculdade onde tive A SEMANA TODA pra fazer, e olha só onde eu cheguei escapando da realidade. É foda assumir a culpa pelas próprias cagadas, mas esbarrei em redes sociais e vou acabar me fodendo amanhã pra fazer tudo desde o começo porque sim, ainda nem tinha começado nada.

PORTANTO, esse post é pra lembrar depois do tamanho do vagabundo que eu tenho sido nos últimos dias. E ter reconhecido isso parece ser um bom sinal.

Hoje em dia não uso mais drogas, por isso estudar Economia tem me parecido tão interessante, e de fato é. Quero aproveitar esse espaço pra escrever mais sobre o que leio (na verdade me colocando a obrigação de ler mais agora) e praticar minha escrita além de aprender mais sobre o assunto. Vou postar uma vez por semana um panorama do cenário macroeconômico atual, ou de assuntos peculiares e trabalhos de faculdade, com linguagem acessível ao afegão médio. Depois de um mês nessa rotina eu começo a postar duas vezes por semana. Paz, e seja oq Deus quiser.

A virtude do fazendeiro

 

Éramos grandiosos observadores. Sabíamos identificar o que seriam sinais de chuva no decorrer do dia, períodos férteis e o tempo era entendido de maneira intuitiva. Nossa relação com o relógio tornou-se cada vez mais complicada ao passo em que as informações viajavam a velocidades cada vez absurdas. E as informações trocadas passaram a ter uma importância absurda da mesma forma, ao ponto em que muitas das vezes em que conversamos estamos entrelaçados em abstrações. E o conhecimento simples, intuitivo, que a natureza sempre ofereceu (pelo visto sempre oferecerá ~ a não ser num caso meteórico) é visto como menos importante, ou pelo menos deixado de lado.

O equinócio no dia 21 de março trouxe grandes mudanças. Primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul. Colheita no norte e queda no sul. Eu do meu lado, prefiro ver como primavera, onde as cores são vistas e as flores brotam.

O curioso é eu ter nascido no coração da Amazônia, lugarzinho do planeta riquíssimo em fauna, flora e folclore e ter precisado morar fora pra descobrir que a natureza é incrível. As cidades grandes também, mas as cidades grandes não me fazem sentir estúpido, minúsculo, e sortudo ao mesmo tempo. Mas mesmo vivendo por aqui o meu contato manual com plantas, flores e árvores é recente, e tem sido incrível.

Link da imagem

Sempre fui uma pessoa proativa, por vezes hiperativa. Tenho o defeito de acumular responsabilidades, afazeres e hobbies. Por vezes considero uma qualidade possuir uma variedade de hobbies, mas sempre que me falta tempo pra viver direito, entendo a natureza defeituosa disso. E foi num período de desemprego há pouco mais de um ano que fiz um curso de horta caseira e adentrei o maravilhoso mundo da botânica.

O cultivar, o semear, o transplantar, o reproduzir, e principalmente o esperar me trouxe uma conexão com tempos que nunca vivi, mas certamente compreendi a riqueza nesses pequenos momentos de cuidar de plantas em geral. Saber entender a cadência da evolução e do crescimento da vida, como também reconhecer os padrões de estagnação e identificar os prováveis motivos, observar os melhores momentos para a semeadura ou o transplante. E tão importante quanto agir, é continuar agindo.

Um tempo atrás tinha comprado uma muda de flores que estava bem apresentada, mas estava no limite e precisava de um vaso maior. Foi aí que transplantei para um vaso de barro maior. Porém, no novo vaso, as flores murcharam e a planta ganhou um aspecto morto. Comecei a pensar que em breve perderia a planta. Pra piorar, não sabia e nem lembrava da espécie dela, pra ver o que poderia ter ocorrido. E o tempo foi passando. Mantive a rega todo final de semana, mas a planta não perdia o aspecto caído. Mas foi hoje que observei que foi apenas o final de um ciclo… Uma nova floração está em andamento agora, e a planta se reproduziu lentamente, preenchendo o restante do espaço do vaso. Minha preocupação foi válida, mas pela falta de observação acabei deixando de perceber que era o ciclo normal da floração dela.

O segredo

Certo dia ouvi na rádio o Mario Sergio Cortella fazendo um comentário acerca da troca de estações ou algo assim, e disse ele que a paciência é a maior virtude do fazendeiro e esse é seu maior segredo. De primeira concordei e até achei de bastante sabedoria as palavras dele, porém, num outro momento discordei.

Como seres humanos que somos, mesmo que não tenhamos consciência disso, nosso maior bem material ~ muito embora seja imaterial ~ é a nossa atenção. Rico é o ser humano que recebe longos momentos de atenção e de várias pessoas, quando são elas de boa índole, em primeiro lugar. Pobre é aquele cuja atenção é dispersa e ele apenas sobrevive na vida, como um peixe de aquário. E ao dedicarmos não apenas nosso tempo, mas nossa atenção a elas, posso garantir que a recompensa é ótima.

Cuidar de plantas é entender e respeitar o tempo dos outros, e que não importa a iniciativa que você tenha, o desenvolvimento da planta não se dá num dia ou em dois. É preciso paciência, e saber observar as coisas simples, que de lá você poderá tirar bons aprendizados.

Experimente cuidar de uma planta e me diga.

O dia em que expulsei um cliente chato do meu carro

 

O dia em que expulsei um cliente chato do meu carro

Minhas histórias de jéquison faive uberboy talvez vão render.

Pois é. Ando fazendo corridas num aplicativo há alguns dias como forma de ter uma renda extra, mas enfim, eu juro que tive meus motivos. Esse texto é uma forma de me fazer esclarecido mesmo que nada tão grave tenha acontecido. Mas honestamente, das vezes em que eu realmente me emputeço com alguém ou com a vida eu aprendi a registrar de alguma forma que seja, não pela raridade do momento, mas pela comicidade do que ocorre quando eu realmente me emputeço.

Eram mais de uma da tarde. Minha sessão do dia estava quase chegando ao fim e tal, então aceitei uma corrida pra um bairro meio complicado de ir em uma zona meio complicada de se estar na cidade. No instante em que parei pra buscar o sujeito, eu já estava pensando no que iria almoçar, e aonde iria almoçar… Aí ele aparece, balançando o celular naquele típico sinal que nem é preciso descrever pra se entender.

https://i.imgur.com/MSg6Tl1.jpg

De começo, tudo certo. Iríamos pro centro da cidade e no horário havia um certo trânsito no trajeto ao centro. Confiando na eficácia de um aplicativo (o qual confesso que foi um erro, foi a fome) eu tomei uma rota não muito óbvia pra quem iria para o centro. Mas ainda sim o caminho fazia sentido. O problema foi que o desgraçado do meu carona começou a reclamar.

Tentei pedir desculpas e tal, fazer tudo bonitinho, mas ele estava realmente implacável nos comentários e não queria saber de papo. Era o momento dele, e de fato eu o dei razão. “Vou chegar daqui a uns… vinte minutos aí… O uber ERROU O CAMINHO”, falou o sujeito no telefone com alguém. Não vou descrever muito o cara por motivos óbvios, mas não se tratava de nenhum executivo ultra ocupado e sem vida. Talvez o sujeito fosse isso em sua cabeça, e de certa forma seu stress era contagiante. Taqueopariu mano.

Então a cada rua que eu entrava pra tentar agilizar a entrega dessa mala o quanto antes, ele reclamava mais ainda (“vai pro aeroporto é mano? Que é isso?”). Nesse instante juro que comecei a ter vontade de mandar ele descer lá mesmo, no meio da rua e do trânsito. Bendita dignidade que me faz aguentar trambolhos vivos como esse. Daí em diante eu só acelerei. Em rua de 40km/h eu fazia 60, 70, e em rua de 60km/h eu fazia 80, 100. Mas quando o trânsito permitia. Foi aí que ativei o modo need for speed mano.

https://www.baixaki.com.br/imagens/23766/32344.jpg

Ah, velho. Um dos maiores prazeres sutis da vida na minha opinião é mandar gente à merda, mandar gente se foder mesmo. Mas sem necessariamente usar essas palavras, e melhor ainda, sem necessariamente usar palavras. E ainda melhor, mandar gente se foder sorrindo! Aaaaaaaaah mano, essas tretinhas às vezes ajudam a temperar melhor nosso caldo. Então abri um tic tac, tomei uma água no sinal parado, e começou a tocar Kendrick Lamar. KENDRICK LAMAR MANO. Cantei junto mesmo. O cara nem é zika ksksksk

O que me irritava mais ainda é que mesmo estando perto do destino, onde eu sabia como chegar, o chatonildo mantinha uma pose de quem quer estar no comando, apontando o caminho correto já que o motora não sabe dirigir e não sabe nem pra onde vai. E daí em diante parei de ouvir o que ele falava, e parei de falar qualquer coisa. Comecei a cortar os carros no trânsito sem medo, e o termo é esse: sem medo. E esse meu ‘sem medo’ começou meio que a assustar o cliente. Foi mal, cara.

Então, chegando lá o sujeito me pergunta quanto foi. Eu respondo “precisa não, querido. Tudo certo”. Ele insistiu. AH MANO, PERA LÁ. Eu dei meu ultimato, que já vinha pensando enquanto estava emputecido durante o trajeto.

~ MEU AMIGO, SÓ PEGA AS TUAS COISAS E VÁ-SE EMBORA POR FAVOR.

Em menos de 5 segundos o cliente desceu do carro e buscou sua mochila no banco traseiro, sem dizer um piu.

Fui almoçar e aproveitei que já estava no centro pra fazer compras na feira. Fiquei tão puto que acabei dando 5 estrelas pro cara, sem querer.

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A perda dos sentidos

 

Há tempos que venho notando
ela perder os sentidos.

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Primeiro o paladar
nas comidas sem sabor
comidas com pressa
nas bebidas
imersas em açúcar
bebidas com sede.
Depois o olfato
nas tragadas
dos maus ventos
e nas tragédias
dos maus hálitos.

Então a visão se foi
e ela parou de enxergar
as boas coisas
logo antes de perder
a audição.

A perda da audição
foi desesperadora
como um grito
de quem só sabe gritar
e mal percebe
que os outros também
só sabem gritar.

Só lhe restou o tato
usado nas noites de sexo
e não mais
nas sutilezas
do mundo.
Desse meu lado da história
eu apenas torço
pra que o sexo
não a faça perder
a mente,
muito embora
segundo o budismo
a perda dos sentidos
causa a perda da mente.

Desse meu lado da história
eu apenas torço
pra que a perda
do que quer que seja
não seja trágica
como
a perda dos seus outros sentidos.

Sucesso para quem?

 

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Nascido no começo dos anos 90 eu sou da geração Y, faço parte dos millenials que nasceram na época dos videogames e cresceram junto com a internet. Para os jovens brasileiros hoje em dia sobreviver nesse mundo sem pelo menos uma rede social é um desafio e tanto. Fomos moldados pelos formatos diferentes de cada uma delas e como sobreviventes que somos, nos adaptamos sempre que um orkut é trocado por um facebook, ou um facebook é trocado por um insta. Porém o que mais tem me intrigado ultimamente é justamente a pergunta que o fazem na Bio de sua página. Quem é você?

Se algumas vezes você se vê nesse drama, vamos brindar, pois tamo junto nessa.

Diante de um mundo de tantas pessoas felizes, bem sucedidas e exemplares ~ ainda que superficialmente ~ frequentemente vejo amigos toparem-se com aquela dúvida existencial de saber quem são e a que vieram nesse mundo. O desespero de quem não consegue se definir com precisão é grande, afinal vivemos numa época onde temos quase que a obrigação de sermos bem sucedidos. Não que há algo de errado em ser mediano, mas a grande hiperconectividade acaba por gerar uma hipercompetitividade. Raramente alguém quer ser o secretário do advogado, ou um médico residente no interior. Talvez esse sejam os meios, mas na maioria dos fins as pessoas querem ser os advogados, ou os médicos herois, com página bombando na rede social.

O incômodo de Sócrates o tornou um grande chato na Grécia Antiga, passando a incomodar os atenienses com a dúvida existencial da qual todos tentavam desviar. “Conhece-te a ti mesmo”, dizia. Simples e sintético, ele se adaptaria perfeitamente na era das redes sociais. O que as pessoas fugiam era justamente dessa pergunta um tanto tinhosa: Quem é você? O grande problema é que com o excesso de informações e de possibilidades de caminhos diferentes a seguir, frequentemente nos encontramos presos na linha de partida, ou algumas vezes, ilusoriamente presos em escolhas que já fizemos e a qual julgamos ‘não ter mais retorno’. Lembrei de uma história.

Conheci um amigo que se queixava da vida, e como de praxe tentou aliviar a carga de seu sofrimento reclamando até que uma alma caridosa realmente ouça ~ o que hoje em dia é uma grande raridade ~ e comece a talvez se queixar de sua vida também. Era o filho de um empresário, que cursou direito por causa do pai, trabalhou na empresa dele e como não se encaixou ali, saiu da empresa e atualmente trabalhava no setor de finanças da prefeitura. Mas ao mesmo tempo em que reclamava da vida, conseguia falar brilhantemente sobre empreendedorismo e finanças, onde o mundo do dinheiro e dos sonhos parecem uma grande escapatória à realidade existencial.

Às vezes penso que somos jovens Sidarta Gautamas, preso em nossos palácios evitando conhecer a origem do sofrimento não da vida dos outros, mas sim do nosso próprio sofrimento. Evitamos tanto o desconhecido que nos tornamos uma pilha de ansiedade e por vezes depressão, por não termos nos encontrado na vida. E tentamos encontrar a solução para os problemas sociais da África, sem conseguirmos ao menos tentar ajudar a resolver as diferenças entre nossos familiares próximos. Aonde quero chegar com isso? Que pensar pequeno hoje em dia às vezes pode valer mais do que pensar grande. Não digo que todos nós devemos nos lançar a esse mundo loucamente e tentar nos descobrir através de experiências previamente sugeridas, e sim que devemos ao menos procurar os nossos porquês de vivermos, como diria Simon Sinek (recomendo).

O amigo se queixava da vida, que seu trabalho era monótono, que só mexia com papeis e números, e gente reclamando. Foi quando ele me disse que era responsável pela tributação aos empresários pela Prefeitura. Que trabalho importante, puta que pariu! Realmente eu não aspiro trabalhar num posto como esse e estufar o peito pra dizer que é o que faço da vida, até porque eu acho que descobri o que sou, e isso inclui o tipo de profissão que eu não teria. Mas ainda assim acho um trabalho importantíssimo, e falei pra ele. Porém seu problema foi justamente em tentar encontrar-se como pessoa. E para entrar nesse território de descobertas, é preciso lançar-se em territórios desconhecidos, enfrentar sua escuridão pessoal.

Nessa jornada que frequentemente fazemos, de autoanálises, de capacitações e desenvolvimento de aptidões, nos vemos como seres geniais quando queremos ser honestos consigo próprios. E o grande problema dessa geração é que somos realmente uma geração de pessoas geniais, com pelo menos duas ou três grandes possibilidades de caminhos bem sucedidos a seguir. Porém a dúvida que coloco no ar é sucesso para quem? O sucesso pode ser para você, para a sociedade, para seus familiares, ou para alguma outra pessoa. Nesse instante quem faz o sucesso e o entrega a alguém é você mesmo.

Tenha um ótimo dia e obrigado pela leitura.

Pedro Álvares Cabral — alt story (Part Three)

 

Pedro Álvares Cabral — alt story (Part Three)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2UWypWJ_T4czdwv4IDVwlO7YN-YR53Vr0p8KyR8ddYfM9DUGV-r-XWqyue-E0xvOeH3ZeBgFrXowhfCBStoNpkWK6JFh2SnWoAJ7OW0rZmrPaRTU4EmidCy29BYuluSCTL2t3K07begIV/s1600/THE+FOOL+RAINBOW+TAROT+CARD.jpg

The man has had a really hard time thinking out about everything that happened in his whole existence until that encounter. Pedro had spent the last two weeks trying to pick up the bits and pieces of his own mind that were shattered around the ship. The errant winds had blown his sanity away, having him abandoned the command for a while so as the simplest of tasks ~ such as maintaining his personal hygiene up to date. Meanwhile, the crew was raging star…vation wars.

Miguel had taken over the command of the ship since the Captain was not okay, but knowing it was all about astrology he has raised his shields and swords against the six rebel ships that tried to convince the fleet to move direction. The battle was quite long since the territory was wide enough ~no walls nor corners ~ and due to their provisions ran out quicker when spending energy. The fishing ship had been sunk and so their aliment right on the second day of that war. It was a dull move from one of the sides ~ thinking that famine would make the other side weaker, ending the conflict earlier. It was on a sunny lucky day that one of then-commanded Miguel’s caravel had spotted a whale nearby and then fished it with an improvised harpoon. Pedro was not able to listen to a sound coming out of his room, as he was just in state of trance all of a sudden. Everybody felt he wouldn’t make it very far. Occasionally, Miguel would put a plate of meat in front of the door so Cabral could pick that up when nobody was on sight.

~ What about Margarida? She is rather decent and enjoys music ~ then a long moment of silence would follow it, to be interrupted with a random grumble.

From the other side of the door a couple of seamen would be listening discreetly, with a mix of fear and resignation. “He’s definitely gone, what do we do now?

At one day they couldn’t avoid been caught by Miguel’s sight, who gave them a brutal earful right beside the door.

~ BUNCH OF POULTRY BOTH OF YOU ARE! YOU JUST GOT SO USED TO BE COMMANDED YOU CAN’T EVEN THINK BY YOURSELF ANYMORE!

Both of them got a huge fright as if it was Pedro himself shouting. Then somebody inside that room shouted back:

~ YOU BETTER LEAVE ME ON MY OWN YOU FUCKS!

Miguel looked amused, knowing he was about to come back from his travel.

(at this point the author has just got caught in self doubt, whether he would continue the story or stop it right here to write a longer essay ~book ~on the story)

any suggestions that would help me out clearing my mind, you’re welcome to email me at andreeeepicanco@gmail.com.

thanks.